Meio de volta...

sábado, novembro 5

em vão...

...é partindo -lhe ao meio 
em tantas partes 
que não se pode contar
nem num quebra-cabeças juntar
um coração em frangalho deixar
é como a morte levar...
e como o coveiro um corpo morto a sepultar
em deverás de dias nem vi se era sol ou lua ...(amarga solidão)
meu coração para sempre mergulhou num mar de águas turvas
e para o fundo levou a minh'alma acorrentada ao gelo diluída em sal...
não tenho para onde ir só tenho um lugar ...
para onde olhar e lá que de novo me vejo a me juntar "catar" de novo
há me colar de novo...
um coração retalhado conservado em águas gélidas e polvilhado de sal! (tenho horror!)
que tipo de amor eu poderia oferecer?
sei o tipo de amor que eu nunca mais quero pra mim...

em feridas eu me curo
em chamas eu me queimo 
em dor eu cultuo  o meu auto flagelo!

parte alguma de mim deseja de novo se entregar
parte alguma de mim deseja de novo amar
parte alguma de mim deseja novamente se retalhar em vida...