Meio de volta...

segunda-feira, janeiro 16

Com Amor..com ardor..para sempre Gabriela( qualquer parte)

Ela era uma flor rara.Branca ou alva eu não sei ao certo.Tinha os cabelos de mel e anelados.Sorriso largo.Olhos de esmeralda.Era delicada.Pequena.Gabi.

Não foi os olhos que me chamaram a atenção! Não,Não e Não!!! Nunca foi!!!Foi desde o ínicio a gargalhada sincera.Desde o íncio tinha sido o sorriso.Depois vieram os quadris ...e sim sua pele.Seus olhos eram relâmpagos...

Quando ha vi no saguão do hotel pela primeira vez ela estava com vestidinho cheio de flores tão pequenas..tão miudas...usava sandalias rasteiras de tira de couro crua e os cabelos estavam presos num coque de vovó.Mas ela garagalhava tão gostoso.

Virei a volta sai do meio da comitiva de seguranças sai de perto da banda não queria dividir com ninguém aquela joia,a minha pérola.

Quando cheguei próximo o bastante as pessoas que estavam com ela ficaram sérias e ela se voltou por inteiro para ver o que estava acontecendo.Gelei.O saguão todo parecia fazer silêncio naquele momento,o mundo perdera naquele instante o dom de falar. Silêncio.
Ela esticou a mão em minha direção.
Nunca mais soltei daquelas mãos.
Mãos que me tocaram,me amaram...

Perde-la foi ....como se algo de mim fosse retirado sem anestesia ...nada aplaca esta dor.
As vezes caminho horas.Ja visitei todos os lugares em que estivemos juntos na busca de acha-la de novo.
Gabi,foi o meu único amor.
Não tivemos filhos.Gabi tinha problemas para engravidar.Eu não permitia a adoção.Como me arrependo de não ter esta criança.Minha ou não adotada ou não.Seria a nossa criança!!!
Ela as vezes se senta a beira de nossa cama para me ver domir.Eu sei que ela faz isso...eu sei que ela nunca deixara de fazer isso.Ela velava meu sono.Eu me sento bem.Era como a proteção de uma droga.Foi assim que parei de usar dorgas.Quando acordava de madrugada e a olhava ao lado e ela estava lá com olhos em prontidão me amando e me velando o sono.Me trancou certa vez um semana no quarto para que não fosse atras de drogas e chorou todos os dias sentada na porta.
Quando ela abriu a porta estava linda de olhos fundos.Eu a amei.Mas...lhe bati no rosto que sangrou e ficou roxo.Eu me odeio por isso!
Naquela noite quando cheguei da luxúria ela dormia tinha os lábios num formato triste e o rosto marcado por mim.Larguei as drogas.A amava.

Mergulho no fundo no mar de metal.
lançadas apontadas para mim ...me ferem me marcam e talvez algum dia me matem
não brigo eu só me curvo...de volto ao útero de volta a doce solidão das entranhas de minha mãe!
Eu feto sem dor...eu mulher com dor ...
Fui santa...e me perdi..ando só por este caminho de curvas e chuvas as vezes não sei direito para onde vou.
mas eu sigo. Tem que ser assim...não parar nunca, sempre em frente..mas meu tempo sim parece perdido!!
Eu me revolto me descabelo me encolho...eu tenho medo...o medo me trava!
não ataco...nunca..sempre me encolho...me mordo e choro.
As vezes o choro vem na hora errada eu o engulo feito remédio ruim.
Não sobrou nada de mim. eu não sou eu....e a mesma pergunta de sempre! nem raiva mais eu sinto.
Afinal o que eu sinto?
Presa neste labirinto de emoções hora me torturam mas horas me abandonam no meio de tudo e como agora eu não sinto nada...e uma lastima....me esparramo...e não choro.
Só fico aqui quieta  parada e o tempo passa e meu coração e alma não chegam a um consenso comum.
Eu não sei que direção tomar...eu não sei nem se quero ficar!!!
Ah! eu tenho medo...nada ,nada e nada de parar!! Sempre em frente...de frente para o nada a confusão me assola me abate e açoita...eu remou todos os dias os meus erros não consigo ver nenhum acerto...

E quando o sol nasce eu trabalho até que a lua se torne dona do céu...e não paro.
Eu continuo mas não vivo.