Meio de volta...

segunda-feira, janeiro 16

Mergulho no fundo no mar de metal.
lançadas apontadas para mim ...me ferem me marcam e talvez algum dia me matem
não brigo eu só me curvo...de volto ao útero de volta a doce solidão das entranhas de minha mãe!
Eu feto sem dor...eu mulher com dor ...
Fui santa...e me perdi..ando só por este caminho de curvas e chuvas as vezes não sei direito para onde vou.
mas eu sigo. Tem que ser assim...não parar nunca, sempre em frente..mas meu tempo sim parece perdido!!
Eu me revolto me descabelo me encolho...eu tenho medo...o medo me trava!
não ataco...nunca..sempre me encolho...me mordo e choro.
As vezes o choro vem na hora errada eu o engulo feito remédio ruim.
Não sobrou nada de mim. eu não sou eu....e a mesma pergunta de sempre! nem raiva mais eu sinto.
Afinal o que eu sinto?
Presa neste labirinto de emoções hora me torturam mas horas me abandonam no meio de tudo e como agora eu não sinto nada...e uma lastima....me esparramo...e não choro.
Só fico aqui quieta  parada e o tempo passa e meu coração e alma não chegam a um consenso comum.
Eu não sei que direção tomar...eu não sei nem se quero ficar!!!
Ah! eu tenho medo...nada ,nada e nada de parar!! Sempre em frente...de frente para o nada a confusão me assola me abate e açoita...eu remou todos os dias os meus erros não consigo ver nenhum acerto...

E quando o sol nasce eu trabalho até que a lua se torne dona do céu...e não paro.
Eu continuo mas não vivo.


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