Devaneios
mudou meu rumo e me perdi em devaneios...
me encantei.
Ah, as lágrimas da manhã me brotam nos olhos, me lavam,
e minha alma se aninha em meu peito.
Vivo de janela em janela, aguardando seus passos.
Ah, seu eu pudesse um dia
tua camisa e teus braços tocar;
se debaixo da chuva eu pudesse meu corpo banhar
e um beijo seu roubar...
Por isso, morro de amor!
Desaninha minh’alma, encanta meus lábiows,
sela meus lábios no encanto do teu beijo,
embala em nuvens fofas este meu devaneio
para, então, o meu amor encontrar.
Afinal, era Outono.
Sonhos gastos e roupa surrada; o balanço se projetava para frente e para trás,
como a brincar com crianças imaginárias.
Coração em lentas batidas e o olhar de volta aos céus;
Observo as nuvens e, num suspiro, eu me viro...
As nuvens não estão mais lá!
Delírios
Meu amor,
Eu tenho você
Em meus olhos,
Na ponta do meu olfato,
Na textura dos meus dedos,
No gosto da minha língua
No tremor do meu corpo,
Na minha mente intumecida,
Na devassidão dos meus sonhos e
Na febre de minha solidão.
Eu o chamo,
Amor
Porque amo o amor não se demora em pequenas rasuras.Ele se alonga se contorce,provaca gemidos de dor, entra por frestas,arestas,rasgos,talhos e pelos olhos...o amor nos busca,nos caça nos encontra as vezes envoltos em trevas,outras vezes de peito aberto e tantas outras vezes em lugares impróprios.
Ele nasce em corações de pedra, em espaços impossíveis, em sonhos de meninas e no coração atormentado dos meninos. Ele e silencioso como a agua e nos invade nos anula.
Conhecemos o ceu,o chão e o inferno.
E porque amo o amor que vivo em quimeras de sonhos em loucuras em dias de devaneios em olhos abertos...mas as alucinações que carrego nas minhas pupilas me empurram de encontro ao amor.
Loucura
O vento tremulava e batia na janela a febre alta corria pelo corpo, a sede, suor e a solidão.
Estava doente. Essa não seria primeira vez, ferido na mão, machucado na alma, coração morrendo todos os dias um pouco.
Ela o visitava em pensamentos ela nunca sairia de sua cabeça,estava tatuada na sua front,na alma, nas suas veias ela era seu opio.Um vicio.
Viver era um fardo, estar doente era a esperança da morte mesmo que lenta.
Aquele amor era uma maldição.
Ela o deixara,era ela quem fazia tudo ela era tudo!
Aquilo não era bom,aquilo o mataria- isso era o que todos falavam era o que todos sabiam era a certeza de todos.
O tremor era angustiante o remédio dançava na colher não conseguiu leva-lo a boca a raiva lhe tomou ,virou o vidro na boca sentiu uma vertigem e não viu mais nada.
Os pensamentos confusos,vozes,uma sirene,um solavanco um zunido.
- Você vai cair!!! Era quase um grito.
O sustou o projetou para frente suado,cabelo molhado,o suor o banhava,o grito e da queda engasgado a confusão mental,os olhos não reconheceram onde estava,os ouvidos o toque na pele ele olhou para traz e ela estava lá.
Doce,meiga,gentil a visão do amor.Ela voltou e estava ao seu lado,adormeceu agarrado as mãos dela.
Seu ultimo pensamento foi : - As não sabiam de nada !! Ela voltou para mim,para me salvar!!! Os pensamentos eram de paz,de esperança de amor.Adormeceu dormiu por tantas horas que não saberia contar
Quando acordou estava quente muito quente os olhos não se acostumaram a escuridão não conseguia se mexer –estava preso- gritou:
Ela ouviu os gritos. Sorriu. Louca.
-Vá em paz meu ,AMOR!