Meio de volta...
sábado, junho 12
Com amor,Com ardor Para sempre...Gabriela. (by Lethéia)
O Diário de Gabriela
As sensações eu já as conhecia a tensão,tesão e tudo que acompanha a loucura de estar apaixonada.
Era um amor perdido porque não dizer esquecido e muito bem resolvido,para mim era algo que tinha ficado lá onde eu deixei numa caixa colorida ,coisas de menina!Lá dentro da caixa estavam guardadas todas as cartas que documentavam um amor,uma paixão que durante longos e loucos 15 anos permaneceram mudas.
E então numa tarde boba até mesmo tola me vi diante de você de novo,frente à frente.
Me lembrei das idas e vindas do correio toda semana para lhe enviar cartas e toda semana eu recebia outra de volta numa troca mutua,atenciosa,silenciosa de uma paixão que não resistiu a distância e a vida.Adormeceu.E agora ela esta de volta acordada,forte me empurrando para um caminho que desconheço. Jamais andei por tal lugar,nunca senti tanto medo de chegar a lugar algum,nunca fui tão feliz ..e tão infeliz..
As horas passam e eu escrevo na escuridão da noite enquanto todos dormem com seus sonhos de Minerva ou de Morfeu,seja lá quem for!
Eu estou sentada no escuro pensando e escrevendo,sorrindo e chorando esperando que em algum lugar alguém me ouça,me entenda,me console e me ame.Esperando que minha alma fique livre,que meu corpo a acompanhe que meus sonhos enfim se libertem.
O que me consome hoje não e esta dor de amor. O que me consome hoje e a possibilidade de nos perdermos,de nos magoarmos....que toda esta paixão vire para nós uma guerra de adultos machucados trocando acusações e se ferindo de novo mortalmente.
Atormenta me invade todos os dias mas também e ela que me acalma e me sustenta para que mas uma vez ela me empurre para um lugar que de novo eu não conheço.
domingo, junho 6
História de uma casa
O vento uivava por entre as árvores do bosque, a tempestade estava chegando,os raios partiam o céu iluminando toda a região,os pingos de chuva caiam rapidamente e o velho sino da praça repicava insistentemente enquanto que os moradores corriam de um lado para o outro.
Um grupo de jovens,neste momento,reuniam na sala para conversarem. Um deles olhava a chuva grossa com os olhos fixos na casa da beira do lago e percebia que as janelas batiam com força e se assustava com a violência dos raios e trovões quando começou a falar com uma voz baixa e arrastada a historia da casa do lago,toda a sua beleza e o seu terror e era mais ou menos assim:
- Tudo começou no século passado,um parque se instalou uns metros dali,onde morava um jovem casal .Logo na noite de estreia ,os fatos estranhos começaram a acontecer.
A janela do sótão batia insistentemente.A jovem subiu até lá para fechar quando se viu encantada por uma melodia,debruçou-se na janela e pôs-se a ouvir.Sabia que vinha do parque e assim foi até o dia que o parque foi embora. A jovem passava dias a fio ,triste,sem se alimentar um dia,tempos depois, o parque voltou e junto a melodia. O jovem marido se animou pois,assim sua doce amada esposa voltava ao que era antes. Desta vez o parque demorou mais,um dia a cidade acordou e o parque já havia ido embora e com ele a doce jovem esposa. O seu marido ,muito apaixonado que era,enlouqueceu e morreu depois de saudades da esposa. E dizem que até hoje ele a espera na varanda de seu a casa,de chapéu e cravo na lapela sentado na cadeira de balanço que range o dia todo a noite toda sem parar.
E alguém pergunta:
- Que cadeira?
O raio corta o céu ouve-se um estrondo e um vento frio passo por entre eles.
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