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Desistir, abrir mão voluntariamente de algo,renunciar, deixar de estar ligado. 

Um ato de renuncia, de desistir de alguém que se desejava, muito?

Desistir, Jesus não desistiu,carregou a cruz. Casagrande o jogador driblou o vicio não desistiu, Anne Frank permaneceu perseverante mesmo nas horas mais sombrias, minha mãe nunca desistiu de nada, não que eu saiba, e é claro que temos o Joseph Climber, que terminou seus dias como peso de papel inútil num DP desses da vida!

Renunciar a um emprego, um cargo político, renunciar a si mesmo. Getúlio Vargas renunciou entrando para historia! Liz Truss primeira ministra britânica, após 45 dias no cargo renunciou e continuou viva,com esse peso, mas viva! 21 cientistas brasileiros  renunciaram a uma indicação a medalha da Ordem Nacional do mérito científico, após os 2 responsáveis pelos trabalhos" desagradarem" o ainda presidente legitimamente eleito.

Abrir mão, de uma historia em busca de paz, não tem preço! Conheço e li diversas historias de  inúmeras pessoas que foram embora, sem nada e arrastadas ainda, pelos esgotos dos julgamentos que a há nenhum de nos pertence e permaneceram fieis aos seu objetivos,seus sonhos e desejos. Essas pessoas que abrem mão de tudo eu as chamo de resilientes!

Deixar de estar ligado, me traz a palavra toxidade, tão falada, assistida,vivenciada,permitida no meio e entre nós é sobre mim e sobre você e de limites, e sobre perda, decepção é sobre respirar sem o coração acelerar e se sentir diminuído. Deixar de estar ligado aos padrões e se permitir finalmente IR.

Perder, " se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve" Perder e mesmo assim continuar, o mundo ,não chora sua dor, o seu cansaço.O  mundo? somo nós!, Nós não paramos, nós não paramos uns pelos outros, isso é desistir ,e perder-se e sempre seguir e seguir "sempre em frente! não temos tempo a perder!Há quem te atropele e não se importe, eles não nos veem, me incomoda o fato de ser normal "passar por cima a todo custo" a roda tem que girar. 

E em meio ao caos alguém lhe acena com uma das mãos,alguém nunca visto,alguém que você nunca imaginaria ser capaz de lhe estender a mão e nessa hora que eu sei que podemos mais. Em meio ao caos achar seu caminho e renunciar a sonhos, reavaliar sua trajetória,abrir mão para se pertencer e de repente saber que esta na hora de desistir e de deixar de estar ligado a pessoas,coisas,instituições e situações que marcaram sua alma.

Tenho uma amargura profunda em escrever o que me toca na alma, o que leva para um lugar mais escuro de mim, perversamente com os pés no chão. Não sou uma otimista convicta, não sou uma crédula cega, a mim, não a merecimento em ter fé e por fim senti-la.

Vejo fé nos olhos de uma amiga,ali sim eu vejo fé, é pura é singela, não é um sentimento de grandeza : -olha eu tenho fé ! "eu" decreto! eu? Não, ela não! Ela transborda sua fé de uma maneira que só corações corajosos de quem realmente processa um "crer" genuíno e capaz de ter e de ser, eu os admiro, a fé que eu não sei explicar.

Perder,desistir,renunciar, abrir mão,deixar de estar ligado, todos são caminhos, estamos dispostos a seguir por eles? Estamos num momento em que todos nós, nos sentimos "obrigados" a nunca parar, a não se permitir, a não inspirar e pausar e respirar,somente seguir, cegamente seguir, nunca, jamais desistir, "correndo léguas na frente de seu inimigo "e forçando sua mente,sua alma e quebrando seu coração e sumindo com a sua fé.

Mortos, desde o segundo que nascemos,mortos,vivendo, a linha do tempo se esmaecendo, as linhas, os traços no rosto,o sulco do sorriso e tempo contando e a roda girando, neste exato momento me sinto um hamster....

 Pausar os pés no chão,pousar a cabeça no lugar, aquecer o próprio coração por si e para o próximo e aceitar que mudar, perder,resistir,desistir e se deixar ir faz parte do seu caminho mesmo não entendo,ainda, para onde seu pés estão te levando.

Cornelio -O infante bufão

 Não era nada demais, o Infante não é nada além de um cão adestrado, hora servindo a coroa, hora ao exercito e muitas outras versões uma criança, neste caso eu diria que como criança, esta seria , birrenta,nada fraternal, impulsiva e sem limites.

Quando o pequeno império de Cemeor veio ao chão,ele se viu reduzido pelos bárbaros como "Infante bufão", boca de caçapa,aspargo,o homem sem cor, ou seja reduzido a um ser  de pequena existência.Suas aspirações neste momento era continuar no mínimo como o "Bufante", não o Infante Bufão, mantendo seu jarro de vinho sempre cheio, comidas insossas e gordurosas a mão e com direito a um pequeno secto que era obrigado a segui-lo por motivos financeiros e óbvio!

Ninguem em sã consciente seria ou quereria ser amigo de ser humano tão sem transparência e vivacidade! 

Montado em sua pequena obsessão por poder,seguia com sua bengala pela ruas de Cemeor pisando pelas poças de aguas enlameadas e fedidas a coco de gente. Ereto, com sua cartola e um cachecol marrom com as pontas queimadas pela lamparina e fedendo a sabão de banha de porco,com raspas de alecrim,que  uma senhora sem os olhos havia lhe vendido tal sabão dizendo -"atrair fortuna e sorte" -os bárbaros riram lhe despiram as roupas o colocaram dentro de um tonel com agua saloba o fazendo ficar ali por horas, enquanto se embebedavam de cerveja e engoliam seu javali que rodava numa fogueira!

Cornélio, era o nome do Infante Bufão. Cornélio.O filho bastardo que se tornou o herdeiro do pequeno vilarejo, a criança desconfiada ao homem lavado de sabão. Tinha um hálito irritante, olhos mortiços e uma língua que parecia ser dura tendo ossos.

Não posso comentar a inteligência nebulosa, covarde e dúbia que ele sustentava, porem afirmo que ali o mal vivia a espreita, mesmo que nem sempre ele atingisse seus objetivos, sem duvidas  algo crescia dentro dele e todo aquele pus viria a furo a qualquer momento.

Um homem sem lar,sem honra,sem um par! Vivendo em seu próprio refugio delirante de que era de alguma forma amado ou querido.

O secto que o seguia a mando dos bárbaros nada além faziam de olhar e de contar aos pagantes por onde ele ia, com quem as vezes ele conversava tentando ser amigável ou engraçado, não era nenhum dos dois! Traído pelos seus e delirando ser respeitado.

Cornélio, o Infante Bufão de Cemeor,não esqueçam dele, ele carrega um furúnculo a ser expurgado.

SONHOS 💗

Um dia, a vida toda dentro de 24 horas a mania de perseguir algo intangível. O topo dos sonhos as pedras da realidade, a vida ...a dose da infelicidade, a energia sugada pelo sangue transbordando em suor, em lágrimas.

O fim. o sol se pondo, a lua regente, os sonhos no topo do murro de pedra, a luz da lua nas pedras dos sonhos.
Sonhos intangíveis, brilhantes, vibrantes nós atraindo com seu canto de sereia, pobres pescadores, nos afogando em mares gelados nos conduzindo as pedras, um vislumbre de esperança relampeja nos olhos ...indo de encontro a montanha de pedra dourada topada de sonhos intangíveis!

Coração acelerando a água puxando, jogando de encontro as pedras, a sensação de conquista, a força do desejo desperta e por um momento a esperança e maior que o medo.

 A onda te joga, te afunda a água te gira entrando na boca, rasgando os olhos, sufocando a garganta, a mente brilhante focada no sonho, no topo do morro de pedras. Um lugar arrisco, duro e branco, perverso, onde os sonhos são depositados e venerados, velados por nossos olhos e amados com toda força de nossos corações…. Irascíveis!

Em orações sem pudores tudo que proferimos são: eu preciso, eu quero, eu decreto.

O mar engole mais uma vez, a força se esvaindo a água gelada entorpecendo a pele ..gelada.. a agua...

Entrando pelo nariz, um suspiro, os olhos olhando para o céu...a única prece sincera da vida uma, prece silenciosa...gelada e nada ...❌