Meio de volta...

domingo, março 14

Lembranças de Gabriela ( Domingo, Agosto 16 Com amor,Com ardor Para sempre...Gabriela. (by Lethéia) )


Era o vento. Soprou no meu rosto um ar quente. A areia se reteve em meus cabelos. Estava perdida. Perdidamente apaixonada.Irremediavelmente neste tupor cego.
Tudo era certo nada estava errado.
Até o dia em que abri o jornal e o vi com uma loira ...depois desse dia isso virou rotina.
As brigas,traições e a bebida..drogas.Em contra partida tentava trazê-lo de volta.
As poucas vezes que dormiamos juntos tentava engravidar.
Foi uma série de abortos,gritos de ódio e muita dor.Ele voltou para casa.
Mas,eu ja tinha perdido o tesão,a força,mas a coragem ainda estava dentro de mim.
Numa noite em que ele se aninhou ao meus pés e nossas mãos se tocaram enfim com amor eu conduzi a conversa com as minhas lembranças de momentos felizes.Pedi para ir embora.Era necessário.Antes que nos machucassemos de novo. Entender? Ele pareceu entender. Chorou a noite. Eu fingi que não vi.Finalmente eu pude dormir em seus braços, finalmente eu vi que ele me amava.Mas, agora era hora de ir. De seguir em frente não penso em voltas ,mas também não descarto. Eu ainda o amo.
Quando sai naquela manhã ele me observava pela janela. Era a nossa despedida. O nó na garganta me fez chorar. Quando cheguei ao aeroporto,as pessoas me cercaram. Tirei fotos.Sorri para um paparazzi. Quando ouve a última chamada para o voô eu pensei ter ouvido a voz dele. Não me virei pq tive medo de ser verdade que ele estava lá que me levaria de volta e viveriamos felizes até o próximo porre,o próximo aborto ou a próxima traição, segui firme.Embarquei. De novo algo me dizia desça.Mas,não o fiz. Quando o comandate desejou uma boa viagem eu o vi ..ele chorava, vi uma bola de fogo,resolvi descer..era tarde ..fui conduzida e convencida que não era possível.
Não conseguia reter as lágrimas...foi quando ouvi um estalo...era o fim.


2 comentários:

  1. OI LETHÉIA, muito criativo o título do seu blog(rs).

    É verdade os desencontros de amor sempre me lembram uma colmeia.

    A mulher abelha rainha, e o seu zangão.

    Em volta aquela "azucrinação" de loiras, outras, abelhas, todas de olho no zangão da rainha.

    Mas abelhas não foram formatadas para trair.

    O único animal que trai é o ser humano, e na maioria das vezes por puro dilentantismo.

    Só de brincadeirinha.

    E toda traição tem seus desmembramentos, alguns, trágicos.

    O relaciomaneto humamo é realmente, muito difícil e não tem a organização e hierarquias de um colméia.

    Jean Paul-Sartre dizia que :

    -" O nosso inferno, são os outros".

    Também se fôssemos sózinhos, isto tudo seria uma imensa chatice!

    Um abrção carioca e obrigado pela generosidade da sua atenção.

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  2. Adorei seu texto.
    O desencontro existe, mas quando embarcamos viramos as costas ao passado.
    O caminho é sempre para diante.
    Obrigado por ter passado nos mneus blogues.

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