Hibernando

As vezes as coisas nos acontecem e elas nos derrubam. Perdemos o chão, o sono,a paz alguns perdem a esperança...Mas a vida continua uns se entregam por alguns longos momentos outros não, somos todos capazes de tantas coisas e tem momentos que não queremos nunca mais abrir os olhos. De repente o sonho virou pesadelo e viver é um tormento necessário.
Morrer não é a solução seria como nunca na vida ter podido saborear um chocolate sem culpa.
As vezes me pego sentada a frente do pc desejando estar deitada olhando as estrelas ou desejando estar sentada olhando o mar. Tenho medo do mar sabiam? Mas, admiro toda a sua força,beleza e plenitude. Contudo o mar me acalma.
Hoje recebi um convite não tenho ainda condições de aceita-lo. Porque hoje eu me considero meia que hibernando ou num casulo ou algo assim. Um dia eu saio de casa e volto a vida e volto ao mundo com sua loucura,com sua pressa,com seu eterno futuro que sempre vira passado o mundo não nos deixar viver o presente das mínimas coisas ...e é disso que sinto falta. Sinto falta de flores, cor e muita música,e barulho de arte barulho, de conhecimento gosto do barulho das paginas de um livro das teclas do meu computador quando me sento para rascunhar sobre o mundo quando meus lábios e minha mente se fascinam juntos pelo saber recém adquirido. Gosto do barulho dos meus filhos.
Quando eu voltar ao mundo pretendo estar mas firme. E mais aberta ao próximo. Quero ir e vir sem a pressa do futuro que me empurra e sem a nostalgia do passado que me puxa, não quero ter o meu presente exprimido e dilacerado ao meio, quero curtir cada segundo seja ele de susto,dor ou alegria. Quero carregar para minha velhice meu sorriso infantil,minha força juvenil e meu ardor pelo conhecimento.
Mas enquanto eu hibernar eu quero só sentir a proteção do desconhecido. E tudo que me basta agora.