Meio de volta...

sábado, junho 6

Trecho de uma história -O solar da angustia


Seu gosto é acido ,veneno mortal entorpece lentamente te deixando zonzo,cansado parece até o sono chegando em minutos o desmaio.

Quando finalmente consegui abrir meus olhos eles não pareciam ser meus olhos o que vi inicialmente foi um corpo inerte tombado ao chão.Era o meu corpo que eu olhava incrédula olhei em volta estava sozinha,talvez ainda houvesse tempo talvez eu conseguisse chamar a atenção de aguem,mas de quem?

Alguém entrou de mansinho era ele ...olhou para meu corpo ali e saiu devagar suas palavras foram:
- Vou deixar você ver de perto o que fez a si mesma. Silêncio.

Existia um fio que ainda me ligava ao meu corpo estava sumindo estava escurecendo.Horas que cor era aquela ? que fio era aquele? porque eu flutuava sob meu corpo ? nos filmes não é assim?

Eu olhei e vi todos os dias que meu pai trazia quando voltava do trabalho o meu chokito.Mesmo com as dificuldades o meu chocolate era o meu chocolate. Eu vi todos os dias que minha mãe não dormiu porque eu tinha medo do escuro. Vi o esforço de meu irmão todos os dias para me deixar no horário na escola. Vi o quanto eu fui má e egoísta.

O dia que fui embora de casa me senti forte e com o mundo todo pela frente.Para meus pais foi um dia de dor e lamento. Meu irmão chorou.

Quando eu fui embora tinha o mundo em minhas mãos era jovem pianista e egoísta.Abandonei tudo e fui em busca do mundo em sua totalidade.

Agora que me olho o fio e quase imperceptível e só agora percebo que não era para ter sido assim. E estranho me olhar daqui de cima,não sei o que será de minha alma,EU ME MATEI!

Me matei porque as pessoas não me davam chocolates porque minhas amigas não perdiam as noites de sono por minha causa porque eu não tinha mas quem me levasse pelas mãos pela vida.Eu empurrei á todos para fora da minha vida.
O veneno foi doce só agora percebo o seu gosto amargo o quanto e vil e ardil.
Estou morta.
E vou para o inferno.
O fio se rompe e flutuo como um balão pela sala uma ambulância para em baixo era tarde demais para mim. Saio pela janela e vou para casa dos meus pais tinha que revê-los depois de 5 anos.
O telefone toca meu irmão o atende empalidece ele só agradece ,um prato se quebra meu pai la fora se corta eles se encontram todos na cozinha onde minha mãe ja chorava.
- Meu peito doí ..ela dizia..- Ela se foi para sempre!-
Fiquei ali olhando aquela família chorando por mim. E quiz chorar.As lágrimas não vinham.
De repente fui sugada dali por uma força enorme.
E não sei onde estou ,caminho e nunca chego a lugar algum e escuro tem coisas por toda parte meu medo me paralisa.
Estou morta.

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